BAR DOCE LAR (filme) – Crítica

Particularmente, existem filmes que nos primeiros minutos já conseguem me prender de forma doce. Quando se tem o Ben Affleck então… Mas com Bar Doce Lar foi diferente, cada vai e vem de memórias só me fez sentir mais amor por ele.

E como assim pouco se fala sobre ele? O assisti assim que lançou na Amazon Prime. Todavia, fiquei esperando até então ver uma repercussão positiva dele, que de fato não aconteceu. 

Um livro que já quero ler

O Bar Doce Lar de GeorgeClooney foi baseado na obra do jornalista J. R. Moehringer, que tem como título The Tender Bar. Ainda que não o tenha lido – e depois desse filme tão doce deixo o “ainda” -, claro que precisei procurar saber sobre ele.

Pelo que deu a entender dos poucos resumos que ele, o livro é um grande relato de emoções sobre as faltas que a presença de um pai pode fazer em uma criança e como isso acaba prosseguindo em todas as suas fases posteriores da vida.

Na capa do próprio livro que foi impresso pela Editora Nova Fronteira, lemos a seguinte frase: “as memórias de um menino adotado pelo bar da esquina”.

Nunca pensei que conheceria um bar de nome tão legal

A história que vai e vem mostra como o pai do pequeno “Júnior”, que era um locutor de rádio falido, esteve tão ausente em sua vida e como as repentinas aparições que brevemente fazia e trazia diversos impactos para todos ao seu redor.

Sendo elas breves e até mesmo cheias de promessas não cumpridas, por trás do pequeno, forte e agora só JR, que em dado momento não quis ser reconhecido com o nome igual ao do seu pai e sim pelo único JR, a forma como tanto se apoiou no tio legal, que é o Charlie, é acalentadora.

Todo mundo merece um tio assim

Dono de um bar que possui um show de estante de livros e que se chama Dickens, Ben Affleck interpreta um personagem simplesmente impecável e vem para fazer com que você sinta uma feição enorme por ele. Essa acaba sendo a figura masculina que o pequeno JR acaba tendo.

O filme Bar Doce Lar consegue mais além

Seria muito feio da minha parte falar com propriedade sobre o conteúdo de um livro que não li. Repetindo o que cheguei a falar mais acima, o que ele sobre a obra a descreve como a figura paterna tem fortes influências na vida de menino.

Todavia, sinto que o filme acaba abordando isso de forma mais extensa. Pois a tal que vai se levando ao longo dos muitos e muitos anos do JR, principalmente quando ele acaba precisando tomar decisões importantes acerca das coisas maiores em sua vida.

Para mim, mera apreciadora de bons livros e fã sem arrodeios do Ben Affleck – se você discorda por favor, assista O Contador três vezes, ou se necessário mais, até concordar comigo -, uma das melhores cenas é apresentação do nome do bar ao JR quando era garotinho.

Questionando se o Dickens se tratava do nome do antigo dono do bar de esquina do tio, a interpretação do valente Danielle Ranieri acaba sendo uma das coisas mais genuínas e dignas de aplausos por uma descrição de personagem incrível.

Personagens fortes que irão te cativar

Por fim, a família do pequeno JR também acaba sendo uma das coisas mais adoráveis desse assistir. Eles abraçam a mãe e o filho que não possuem um homem como referência. E a forma como querem descartar qualquer possibilidade de aceitá-lo de volta assim, por simplesmente não servir. É de forma automática e inesperadamente hilária.

Quando o avô completamente e realista e sem nenhum carinho decide por vezes assumir o papel de pai que falta na vida do JR… É algo de partir o coração! E eu acredito que esse seja de fato motivo do filme ser tão bom. A descrição de uma realidade tão fiel e ao mesmo tempo tão abrasadora, é inevitável não amar!