Essa crônica de Clarice Lispector sempre me faz sentir mais próxima dela como se fosse uma antiga amiga que vive, frequenta meu quintal e toma café comigo.
Sendo uma das coisas lindas que li e não pretendo esquecer – como quase tudo sobre a Clarice é -, é uma crônica que merece a reflexão sobre o que uma pessoa é, a versão dela sobre si, a nossa e melhor, quem podemos ser através dos olhos dos outros.
Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou.
De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere.
Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto.
Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
Além do que leio pouco: só li muito, e lia avidamente o que me caísse nas mãos, entre os treze e quinze anos de idade. Depois passei a ler esporadicamen-te, sem ter a orientação de ninguém.
Isto sem confessar que – dessa vez digo-o com alguma vergonha – durante anos só lia romance policial. Hoje em dia, apesar de ter muitas vezes preguiça de escrever, chego de vez em quando a ter mais preguiça de ler do que de escrever.
Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros “uma profissão”, nem uma “carreira”.
Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável.
Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.
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