Perigos invisíveis no filme O Show de Truman são reais e você precisa sair deles
Assistir O Show de Truman pela primeira vez me deu um soco no estômago.
O filme de 1998, estrelado por Jim Carrey, mostra um homem que vive a vida supostament perfeita — mas descoberta após descoberta, ele percebe que tudo não passava de um roteiro.
Truman não escolheu aquela vida. Ele a aceitou, até que algo dentro dele começou a gritar por verdade. Não sabia que não tinha como assistir sem se perguntar:
Quantas vezes a nossa própria rotina é uma versão bem produzida desse mesmo “roteiro”?
A rotina como sonho (e armadilha)
Sempre vi na rotina um caminho para a conquista. Ter horário, método, disciplina — tudo isso realmente me ajuda a avançar. Claro, ajuda todos que os seguem.
Mas existe um ponto perigoso onde a rotina deixa de ser escolha e se torna prisão. Quando ela impede o novo, quando a gente para de questionar, ela passa a nos manter seguros… e estagnados.
O Show de Truman escancara isso: a vida “segura” que todos gostariam de ter pode ser, na verdade, uma forma de controle.
Aceitar o que a vida entrega vs. escolher o que você quer viver
Truman acordava todos os dias com o mesmo roteiro, os mesmos personagens, os mesmos cenários. E durante muito tempo, isso bastou.
A grande virada começa quando ele começa a desconfiar, mesmo sem saber o que vai encontrar do lado de fora. Podemos dizer que Truman não tinha mais beleza para apreciar?
Na vida real, isso se traduz quando seguimos no automático: trabalho, casa, redes sociais, contas, promessas que se repetem.
O problema não é repetir passos. É repetir sem consciência
É viver no modo “aceito o que vier”, ao invés de agir de forma intencional e ativa sobre os próprios desejos. Nada mais será:
- Belo;
- Interessante;
- Desejável;
- Ou gratificante.
Deveria ter assistido O show de Truman muito antes.
Agir como você precisa agir (mesmo com medo)
Quando Truman decide sair do roteiro, ele age com medo — mas age. E isso me lembra de algo importante:
você não precisa estar pronto para mudar. Só precisa estar disposto.
Sair da zona de conforto muitas vezes é só medo de não saber o que vem depois. Mas quando você ousa, começa a se conhecer melhor. O melhor é quando você tem certeza de que precisa disso.
Inclusive, saber o que não gosta é um tipo de aprovação. Não é tempo perdido. É filtro. É clareza. E a liberdade só vem depois do “não”.
Truman saiu. E você?
Por mais simples que esse filme possa parecer, tem uma reflxão muito massa por trás de leves surpresas que acompanhamos com o personagem.
Truman descobre que sua vida era um espetáculo para os outros. Mas no fundo, todos nós estamos sujeitos a viver para agradar, para cumprir expectativas, para não quebrar o roteiro.
A questão é: você quer ser o personagem da vida que deram a você ou o autor da sua própria história?
Filmes que quero assistir depois de O Show de Truman:
Clube da Luta (1999)
Matrix (1999)
Beleza Americana (1999)
O Quinto Poder (1998)
Forrest Gump (1994)
Réquiem para um Sonho (2000)
Grande Menina, Pequena Mulher é da lista dos assistidos, demorei, não nego. Mas é um filme doce e muito pesado para quem gosta de reflexões. Precisei citar.