Um filme me chamou bastante atenção quando vi seu cartaz recentemente. Com o Johnny Depp e o Robert Pattinson fazendo parte do elenco, À Espera dos Bárbaros é tão devagar que quase parece parar.
Foi exatamente assim que me senti ao passar de cada minutinho do filme. E você não faz ideia da surpresa que tive ao ver o Duda, de Harry Potter (o ator Harry Melling), como um soldadinho.
Mas de uma coisa não podemos negar jamais, ainda que seja um filme muito ruim, uma fotografia bem feita e muito viva lhe faz continuar assistir qualquer coisa até o final. E nesse caso, eles acertarem muito bem.
No começo, quando você vê o Magistrado colocando ordem na cidade, pensa que de uma forma ou de outra ele está fazendo algo de errado. Porém, com a chegada coronel Joll (que é interpretado pelo querido Johnny Depp), as coisas não ficam tão em “paz” assim.
Usando e abusando da força contra os chamados de bárbaros que são capturados, o Magistrado, como assim é chamado, podemos dizer que era o único em todo Império Britânico do século 19 a não ser violento com os nômades.
E isso fez com que toda a população se voltasse contra ele ao ser preso e torturado pelo próprio Joll. Capturado pelo império por “apoiar” uma mulher nômade a quem tanto cuidou, Mandel, interpretado pelo Robert Pattinson, lhe humilha na frente de toda a cidade.
Mas quando finalmente os bárbaros começam a se mostrar em ação, o Império parece desmoronar como um castelo de areias. As cenas são duras, chocantes e mesmo sendo um filme devagar quase parando, é muito pesado para todos.
Quando o Mandel recebe o recado dos bárbaros, o desespero em querer fugir e não mais proteger a cidade é o ápice do terror. Todos os soldados indo embora e levando as comidas e animais é o furor que você tanto esperou.
Praticamente sozinho, o Magistrado se vê com poucas pessoas restantes quando Joll aparece oprimido, quieto, como um garotinho procurando por sua mãe, dentro do fundo de sua carruagem.
Sem fazer nada por ele e por alguns minguados soldados que lhe restaram em apoio, o final marcante do filme é um tapa na cara com sua mensagem.
E repito: À Espera dos Bárbaros é tão chato, mas tão chato, que você não consegue parar na metade até ver o que acontece no final. Sim, o livro com certeza deve ser muito melhor.
Você pode assistir À Espera dos Bárbaros na Netflix.
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