Assim que chegou no catálogo da Netflix (2022), Inventando Anna acabou sendo uma das coisas que queria tanto fazer no fim do dia. Como assim essa personagem poderia ser real?
Shonda Rhimes (isso mesmo, de Grey’s Anatomy) fez uma criação e tanta baseada na história real da Anna Delvey, ou melhor Anna Sorokin, se for por nome verdadeiro.
A série é uma coisa louca! Essa adorável dama resolveu sair do seu mundinho e ir para Nova York ainda em 2013 para fazer geral de trouxa. E eu poderia acabar aqui, hahahaa!
Mas é o absurdo que gira em torno de tudo que te faz não querer perder tempo em assistir. E já aviso, suas fotos de comida postadas no Instagram nunca mais serão as mesmas. Alerta de risos altos!
Como falei mais ali acima, Anna decidiu que estaria disposta a montar o próprio império se fingindo de uma mulher rica. A suposta herdeira alemã, acredite, por muito pouco não conseguiu fazer empréstimos milionários em bancos famosos.
E quando falo por pouco, não estou citando os acréscimos hilários – mas tão reais – que a Shonda chegou a fazer na série. É exatamente o que a série tem de tão boa.
Sem nenhuma medição do que é viver de aparências, o reflexo de uma sociedade que só pensa em dinheiro e sucesso é exibido de forma escancarada por ela. Conquistando amizades falsas por certas barganhas, a série descreve o verdadeiro:
Quem vê close não vê corre, ou melhor, não vê mentiras…
Tudo era baseando em interesses. Não sei se muita gente também viu, mas se você analisar, não é só ela quem quer lucrar nas costas dos outros. Ou nem mesmo só a Rachel.
Conseguindo quase sempre bancar o seu “mundo perfeito”, a atriz Julia Garner conseguiu passar uma menina enjoada que não consegue parar até ter o que quer.
E mesmo dentro da prisão após criar dívidas e mentiras lançar rasteiras em grandes nomes, o status não lhe cansa. Os holofotes continuam a lhe inspirar e ela continua a usar quem lhe resta.
Jessica Pressler, mas até sem Shonda dá pra ver que ela a usou perfeitamente como podia. Como diz no início de cada episódio da série: “Esta história é completamente verdadeira. Exceto pelas partes que foram totalmente inventadas”.
E não digo como algo ruim. Não! Não! É exatamente a ideia de saber que uma mulher conseguiu enganar pessoas que nem mesmo podem ser vista por outras comuns, que torna tudo tão apreensivo.
A forma como ela trama, sonha, consegue passar os cartões – não resisti -, lhe faz ficar de boa aberta de tão absurdo é o que ela faz e no final de tudo acaba dando certo.
Por isso que vale tanto à pena assistir essa série hilária. Podre essa realidade nossa, não é?
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