textos de gregorio de matos
Perder algo precioso sem perceber seu valor é um drama atemporal, e Gregório de Matos captura essa dor com maestria neste soneto clássico.
Quantas vezes só compreendemos o real peso das coisas depois que se vão? Esse poema é um retrato da saudade, do arrependimento e do lamento por um bem que, por descuido ou ignorância, foi deixado para trás.
Porque não merecia o que lograva,
Deixei como ignorante o bem que tinha,
Vim sem considerar aonde vinha,
Deixei sem atender o que deixava:
Suspiro agora em vão o que gozava,
Quando não me aproveita a pena minha,
Que quem errou sem ver o que convinha,
Ou entendia pouco, ou pouco amava.
Padeça agora, e morra suspirando
O mal, que passo, o bem que possuía;
Pague no mal presente o bem passado.
Que quem podia, e não quis viver gozando
Confesse, que esta pena merecia, E morra, quando menos confessado.
***
Esse soneto está disponível em um livro que tenho onde reúne as melhores obras do Gregório. Claro, ao ler essa maravilha, me apaixonei.
Mas desejo que muitas outras pessoas possam ser tocadas da mesma forma, por isso ele está aqui.
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